" Pontes de Amor"

Sobre

Um grupo Com a missão de incentivar e apoiar a adoção legal, promovendo saúde intra e inter relacional em famílias adotantes e crianças em acolhimento.
Missão
Apoiar e incentivar a adoção legal, promovendo saúde intra e inter relacional em famílias adotantes e fomentando maior consciência e prática social no que tange à adoção por meio de amor, envolvimento, compromisso e relacionamento.
Descrição
Somos um grupo de apoio à adoção; entidade civil sem fins lucrativos, que atua principalmente em Uberlândia e Triângulo Mineiro, em consonância com a Vara da Infância e da Juventude e Órgãos e Conselhos de Direito da Criança e do Adolescente, filiada à Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD).

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

" Caminhos Jurídicos para Adoção"


100 Dicas para uma vida melhor



1º. aula Descubra seu maior defeito e disponha-se a corrigi-lo.

2º. aula Escolha até três exemplos de vida e determine-se a segui-los.

3º. aula Tenha força e sabedoria para resistir às tentações do mundo.

4º. aula Cultive a força da tolerância de forma a compreender, aceitar, assumir responsabilidades, ter determinação e melhorar as circunstâncias externas. Então, passe a cultivar a tolerância pela vida, a tolerância por todos os fenômenos e a tolerância pelos fenômenos não-surgidos de maneira a transformar o cultivo da tolerância em força e sabedoria.

5º. aula Aprenda a se adaptar à pressão externa e não se deixe afetar por ela.

6º. aula Seja ativo e destemido. Pense antes de agir.

7º. aula Envergonhe-se do que ignora, do que é incapaz, do que o torna impuro e rude.

8º. aula Faça com freqüência algo que toque o coração das pessoas.

9º. aula Sinta-se bem sob qualquer circunstância, siga as condições corretas, esteja sempre livre de aflições e faça tudo com alegria no coração.

10º. aula Ser corajoso e virtuoso é ter a capacidade de admitir os próprios erros.

11º. aula Aprenda a aceitar perdas, falsas acusações, contratempos e humilhações.

12º. aula Não inveje aqueles que praticam boas ações ou dizem boas palavras. Tenha sempre na mente, bondade e beleza.

13º. aula Não empurre os outros para a beira do abismo; ao contrário, dê-lhes espaço para recuar — um dia eles poderão lhe ajudar.

14º. aula Sirva àqueles que desejam fazer o bem, compartilhe um objetivo. Favoreça os outros e respeite seus anseios.

15º. aula Seja amável e humilde ao relacionar-se com as outras pessoas. Expresse bondade em seu semblante e em sua fala.

16º. aula A capacidade de doar traz abundância verdadeira.

17º. aula Importe-se apenas com o que é certo ou errado; não se fixe em perdas e ganhos.

18º. aula Deixe de lado pensamentos egoístas e dedique-se à justiça, à verdade e ao bem comum.

19º. aula Viaje pelo mundo sob o céu estrelado. Vivencie a prática da procissão de mendicância pelo menos uma vez na vida.

20º. aula Abra mão de todas as suas posses ao menos uma ou duas vezes na vida.

21º. aula A cada quatro ou cinco anos, empreenda uma viagem sozinho.

22º. aula Não se deixe cegar pelo amor. Não se traia por dinheiro.

23º. aula Não bata de frente com as coisas – aprenda a arte de ser sutil.

24º. aula Não há êxito sem persistência, diligência e determinação.

25º. aula Desenvolva autoconfiança, expectativas em relação a si mesmo e metas pessoais.

26º. aula Procure ouvir boas palavras e jamais esqueça o que elas significam.

27º. aula Não desperdice o seu tempo. Faça planos e use o tempo com sabedoria.

28º. aula Seja sempre sensato, pois a sensatez é imparcial e igual para com todos.

29º. aula Lembre-se dos erros cometidos. Tenha-os sempre em mente para não repeti-los.

30º. aula Seja qual for a sua função, desempenhe-a bem. Não olhe para os lados.

31º. aula Faça tudo com boa intenção, verdade, sinceridade e beleza.

32º. aula Não se apegue ao passado. Olhe sempre adiante.

33º. aula Lute sempre pelos seus objetivos e vá longe.

34º. aula Planeje sua carreira, use seu dinheiro com sabedoria, purifique seus sentimentos e não se apegue a fama e riqueza.

35º. aula Desenvolva compreensão e visão corretas. Não se deixe levar cegamente pelos outros.

36º. aula Renuncie a apegos insensatos e aceite a verdade com mente humilde.

37º. aula Não faça intrigas nem espalhe rumores. Não se deixe influenciar por eles.

38º. aula Aprenda a desenvolver sua mente, reformar seu caráter, recuar e dar guinadas na vida.

39º. aula Cultive méritos por meio de doações que estejam de acordo com sua capacidade, função, disposição e condição.

40º. aula Creia profundamente na vida e contemple todas as virtudes. Nunca faça o mal; pratique sempre o bem.

41º. aula Não culpe os céus nem os outros por sua infelicidade, pois tudo tem sua causa e seu efeito.

42º. aula Pense no bom e belo ao invés de pensar no que é triste e penoso.

43º. aula Conquiste ao menos três tipos de habilitação ao longo da vida, como, por exemplo, para guiar automóveis, cozinhar, digitar, cuidar de enfermos, exercer a medicina, o magistério, o direito, a arquitetura etc.

44º. aula Aprenda a articular bem a fala e a escrita. Aprenda a ouvir, a apreciar, a pensar, a cantar, a pintar e a desenvolver habilidades. Quanto mais se aprende, melhor. Aprenda, ao menos, metade disso tudo.

45º. aula Leia ao menos um jornal por dia, para se manter em dia com o mundo.

46º. aula Leia pelo menos dois livros por mês.

47º. aula Mantenha uma rotina diária.

48º. aula Cultive hábitos regulares de sono e alimentação.

49º. aula Pratique exercícios físicos.

50º. aula Mantenha-se longe de cigarro, álcool, pornografia e drogas. Administre e controle sua própria vida.

51º. aula Pratique meditação por, pelo menos, dez minutos todos os dias.

52º. aula Passe, pelo menos, metade de um dia sozinho, uma vez por semana.

53º. aula Ao menos uma vez por mês, pratique o vegetarianismo, para nutrir seu coração de compaixão.

54º. aula Ajude os outros e faça o bem sem esperar nada em troca.

55º. aula Compartilhe sua alegria e compaixão com os demais.

56º. aula Mantenha a capacidade de se auto-avaliar sob qualquer circunstância.

57º. aula Reze pelos desafortunados, onde quer que você esteja.

58º. aula Seja preciso em suas observações. Considere todos os ângulos e seja tolerante e compreensivo em relação aos outros.

59º. aula Aprecie a vida, cuide dela e não a maltrate jamais.

60º. aula Use seu dinheiro e suas posses com sabedoria. Não desperdice nem gaste demais.

61º. aula Em tempos de alegria, contenha a sua fala; no infortúnio, não despeje sua raiva sobre os outros.

62º. aula Não enalteça seus próprios méritos nem aponte os erros alheios.

63º. aula Não inveje nem suspeite. Méritos advêm das realizações e da ajuda aos outros.

64º. aula Não seja ganancioso em relação às posses alheias, nem mesquinho em relação às suas.

65º. aula Demonstre coerência entre atitude e pensamento. Não seja iluminado na teoria e ignorante na prática.

66º. aula Não fique sempre pedindo ajuda aos outros. Busque ajuda dentro de si mesmo.

67º. aula Faça de sua própria conduta um bom exemplo. Não espere benevolência dos outros, mas de si mesmo.

68º. aula Cultivar bons hábitos é a melhor maneira de manter uma vida íntegra e saudável.

69º. aula É melhor ser não-inteligente do que não-compassivo.

70º. aula A mente otimista é contemplada com um futuro brilhante.

71º. aula Construa seu próprio destino. Corra atrás das oportunidades ao invés de esperar que elas caiam do céu.

72º. aula Controle suas emoções e seu humor: não se deixe levar por eles.

73º. aula Elogio e ofensa fazem parte da vida. Não se apegue a eles – conserve sempre a paz interior.

74º. aula A doação de órgãos ajuda a prolongar a vida além de propiciar recursos para as vidas de outros seres.

75º. aula Ouça o que os outros têm a dizer e anote a essência do que eles dizem.

76º. aula Olhe para si mesmo antes de acusar os outros. Somente uma avaliação honesta de seus méritos e deméritos lhe dá o direito de julgar os demais.

77º. aula Cumpra suas promessas.

78º. aula Não viole o direito dos outros para beneficiar a si próprio. Favorecer os demais, às vezes, é imperioso.

79º. aula Não sinta prazer em ridicularizar os outros. Ao contrário, aprenda a fazê-los felizes.

80º. aula Não critique, por inveja, a benevolência do outro. Respeite-o e siga seu bom exemplo.

81º. aula Não use de traição para obter vantagens.

82º. aula Os privilégios devem, antes de tudo, ser oferecidos às outras pessoas.

83º. aula Aprenda a aceitar as desvantagens. Saiba que, na verdade, elas são vantagens.

84º. aula Não se apegue a perdas e ganhos. Não faça comparações entre o que você e os outros têm ou deixam de ter.

85º. aula Seja sincero, impetuoso e educado.

86º. aula Harmonia, paz e tranqüilidade são a chave para o relacionamento com as pessoas.

87º. aula Respeito, reverência e tolerância são a tríade para manter boas relações com o mundo.

88º. aula A raiva não resolve problemas. Somente uma mente tranqüila e pacífica pode ajudar você a lidar com a vida.

89º. aula Relacione-se com pessoas virtuosas e bons mestres.

90º. aula Não contamine os outros com sua tristeza, nem leve preocupações para a cama.

91º. aula Busque prazer e alegria em tudo o que faz, e transmita isso a todos.

92º. aula Seja grato aos benevolentes e aos que prestam auxílio. Deixe-se tocar por seus atos virtuosos.

93º. aula Dê um toque de serenidade a tudo o que você fizer na vida.

94º. aula Não existe dificuldade ou facilidade absolutas. O esforço transforma dificuldade em facilidade, enquanto a indolência torna o fácil difícil.

95º. aula Ajude seus vizinhos e sua comunidade e participe dos eventos locais. Assim, você se tornará um voluntário da humanidade.

96º. aula Só a humildade gera o bem. A arrogância não traz nada mais que desvantagem.

97º. aula Aproxime-se de mestres virtuosos. Ouça-os, seja leal e não os desacate.

98º. aula Ajudar os outros é ajudar a si mesmo. Ter consideração pelos outros significa cuidar e amar a si próprio.

99º. aula Dê aos jovens oportunidades e ofereça-lhes orientação sempre que necessário.

100º. aula Cuide de seus pais e seja amoroso com eles.



Fonte:http://monografias.brasilescola.com/arte-cultura/100-dicas-para-uma-vida-melhor.htm

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação


O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.

A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.

Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.

Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.

Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.

Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.

Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados.

Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber.

"A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos".

No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.

Cultura e impactos econômicosTidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.

Alemanha, Estados Unidso e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.

O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.

Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado".

Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.

Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.

Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.

Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido.

O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.

Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais

1.Finlândia
2.Coreia do Sul
3.Hong Kong
4.Japão
5.Cingapura
6.Grã-Bretanha
7.Holanda
8.Nova Zelândia
9.Suíça
10.Canadá
11.Irlanda
12.Dinamarca
13.Austrália
14.Polônia
15.Alemanha
16.Bélgica
17.Estados Unidos
18.Hungria
19.Eslováquia
20.Rússia
21.Suécia
22.República Tcheca
23.Áustria
24.Itália
25.França
26.Noruega
27.Portugal
28.Espanha
29.Israel
30.Bulgária
31.Grécia
32.Romênia
33.Chile
34.Turquia
35.Argentina
36.Colômbia
37.Tailândia
38.México
39.Brasil
40.Indonésia



Fonte:http://anjoseguerreiros.blogspot.com.br/2012/11/brasil-fica-em-penultimo-lugar-em.html

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mitos, Medos e Preconceitos na Adoção de Crianças Maiores



Por Jaqueline Araújo da Silva


A adoção está envolvida por preconceitos que se expressam através de medos, crenças, fantasias, inseguranças, entre outros. Como vimos, as pessoas interessadas em adotar optam pelos recém-nascidos ou crianças com idade menor possível. Em pesquisa realizada por Levy e Féres- Carneiro (2001), verificou-se que quando os requerentes optam pelas crianças com a idade menor possível para adotar com a justificativa de que estes são mais fáceis de serem moldados, na verdade, revelam um desejo de apagar a história passada da criança e cancelar qualquer possível herança genética que venha interferir no projeto de parentalidade.


Para Camargo (2006), os requerentes à adoção sonham acompanhar integralmente o desenvolvimento físico e psicossocial, que se manifestam desde as primeiras expressões faciais, além das primeiras falas e passos. Querem construir uma história familiar e registrá-la a partir dos primeiros dias de vida do filho. Além disso, temem que a criança com idade superior a dois anos possa não se adaptar à realidade de uma família adotante. Acreditam que a personalidade da criança já esteja formada, o caráter incorporado e já não são mais possíveis de detê-los. Neste sentido, Santos (1997) afirma:


Este é outro mito na adoção, que eventuais problemas comportamentais apresentados pelos filhos adotivos decorrem [...] do meio social onde a criança viveu seus primeiros anos (nos casos de adoções tardias) e, neste caso, evita-se o problema adotando-se recém nascidos. (SANTOS, 1997, p.163)


Segundo Camargo (2006, p.91), "[...] os mitos, que constituem a atual cultura da adoção no Brasil, apresentam-se como fortes obstáculos à realização de adoções de crianças maiores, pois potencializam crenças e expectativas negativas ligadas à prática da adoção tardia". De acordo com Vargas (1998), o preconceito social em relação à adoção de crianças maiores é fator determinante para a pouca disponibilidade de candidatos para estas adoções, pois a adoção continua sendo mais aceita quando atende a uma necessidade "natural" de um casal com impedimentos para gerar filhos, desde que estes sejam bebês e ''passíveis de serem educados".


O preconceito com relação à adoção de crianças maiores é ainda muito forte, como se todas as adoções de bebês fossem indicativos de sucesso garantido e todas as adoções de crianças maiores já representassem um fracasso (WEBER E KOSSOBUDZKI, 1996; LEVY E FÉRESCARNEIRO, 2001). Weber (1998) afirma que essas adoções nem sempre trazem problemas, porém elas são diferentes das adoções de bebês, uma vez que as crianças maiores têm um passado que, muitas vezes, deixou suas marcas. Esta autora realizou pesquisa com pais e filhos adotivos e também com a população em geral, sendo que os dados levantados indicam o grande número de preconceitos envolvendo a adoção. De acordo com o levantamento de dados:


1- as pessoas teriam medo de adotar crianças maiores (acima de seis meses) devido à
dificuldade de educação;
2- teriam medo de adotar uma criança que viveu muito tempo em acolhimento institucional pelos "vícios" que traria consigo;
3- teriam medo de que os pais biológicos pudessem requerer a criança de volta;
4- teriam medo de adotar crianças sem saber a origem de seus pais biológicos, pois a
"marginalidade" dos pais seria transmitida geneticamente;
5- pensam que uma criança adotada, cedo ou tarde, traz problemas;
6- acreditam que a adoção beneficia, primordialmente, o adotante e não a criança, sendo um último recurso para pessoas que não conseguem ter filhos biológicos;
7- acreditam que a adoção pode servir como algo para "desbloquear algum fator
psicológico" e tentar ter filhos naturais;
8- acreditam que, quando a criança não sabe que é adotiva, ocorrem menos problemas;
assim, se deve adotar bebês e "fazer de conta" que é uma família natural;
9- acreditam que as adoções realizadas através dos Juizados são demoradas, discriminatórias e burocráticas e recorreriam à “adoção à brasileira" caso decidissem;
10- finalmente, consideram que somente os laços de sangue são "fortes e verdadeiros".


Levinzon (2000) também realizou pesquisa com as famílias adotantes e os dados encontrados foram similares aos de Weber (1998). Levinzon destaca os seguintes medos que comumente habitam o imaginário dos pais adotivos:


1- medo em relação aos pais biológicos da criança: temor que se arrependam a qualquer momento e venham lhe tomar a criança; culpa por tomar para si uma criança cujo sangue não lhes pertence; vergonha, como se tivessem cometido um delito, tendo roubado a criança;
2- medo em relação à criança: medo de que tenha uma má herança biológica; temor de
rejeição e abandono pela criança quando souber de sua verdadeira origem; medo de que a criança vá à procura dos pais biológicos;
3- medo em relação à sociedade: temor de serem censurados pela sociedade; discriminados pela ausência do processo biológico da gestação; desvalorizados por esta forma atípica de parentalidade ou sua compensação na exaltação de seu aspecto filantrópico.


Através destas pesquisas podemos constatar que dentre os inúmeros mitos que povoam o imaginário social e que constituem a atual cultura de adoção, o mito dos laços de sangue é, sem dúvida, o mais dominante, pois insere a crença de que o fator biológico gera o destino final e quase sempre trágico nos casos da adoção. Há, em torno do filho por adoção, fantasias de que ele pode ser “sangue ruim” e, consequentemente, motivo de preocupação e sofrimento para os pais adotivos. O fato de ser adotado parece que já é condição mais que suficiente para ser classificado como problemático, diferente e fora do normal.


Há uma tendência presente no imaginário social em acreditar numa certa garantia decorrente dos laços de sangue e numa fragilidade dos laços formados através da adoção. As fantasias sobre a importância "da descendência de sangue" proporcionam condições para a confusão e discriminação entre a parentalidade biológica e adotiva, atribuindo maior relevância à primeira (WEBER, 1998). Na verdade, os dois tipos de parentalidade têm exatamente a mesma importância, mas fazem parte de contingências diferentes. No entanto, a contingência de ser uma família adotiva traz características especiais que não devem ser negadas, mas, ao contrário, assumidas.


Ainda sobre o preconceito, além do imaginário social, a própria legislação brasileira, conforme debatemos no segundo capítulo, parece contribuir para o fortalecimento dos mitos de que os laços biológicos são aqueles verdadeiros. Assim, os pais adotantes tentam disfarçar ou esconder as relações adotivas e imitar uma família biológica, adotando crianças recém-nascidas e de cor semelhante a sua.


No meio científico também encontramos muitos preconceitos relacionados à adoção. Segundo Weber (2003) e Vargas (1998), as publicações científicas sobre o tema falam acerca das dificuldades encontradas em filhos adotivos. Relatam um ou dois casos de algum distúrbio e atribuem sua etiologia ao fato de a criança ser adotiva, pois a perda inicial dos pais biológicos seria irreparável e causadora de todos os problemas.


Concordamos com Zornig e Levy (2006) quando afirmam que a separação da figura materna para crianças de pouca idade, assim como o desinvestimento materno repentino, produzem efeitos traumáticos. No entanto, ressaltam a possibilidade de as crianças e os pais adotivos conseguirem criar recursos psíquicos surpreendentes. Para estas autoras, a ênfase na qualidade das relações iniciais entre a criança e seus pais deu margem à crença de que crianças abandonadas e/ou vítimas de maus tratos seriam problemáticas e, portanto, não adotáveis tardiamente.


Palácios e Sánchez (1996) realizaram uma investigação comparativa com 865 crianças entre quatro e dezesseis anos de idade, provenientes de três grupos: crianças adotadas, crianças não-adotadas da mesma região de origem das adotadas e crianças institucionalizadas. As comparações foram realizadas em três áreas: problemas de comportamento, auto-estima e rendimento acadêmico. Os resultados mostraram uma grande semelhança entre os adotados e os não-adotados, enquanto que as crianças institucionalizadas obtiveram os piores resultados no conjunto das comparações.


Através de um estudo comparativo entre um grupo de pais e filhos adotivos e outro de pais e filhos biológicos, Santos (1988) avaliou aspectos como afetividade e cooperação entre pais e filhos. Não encontrou diferenças significativas entre eles.


Em relação a adoção de crianças maiores, Weber (2003) realizou pesquisa com pais e filhos adotivos de todo o Brasil e não constatou que a idade avançada da criança no momento da adoção fosse possível fonte de problema. Os casos em que foram relatados problemas no processo adotivo estavam mais relacionados à revelação tardia da adoção para a criança do que outros fatores. Esse assunto será aprofundado no próximo capítulo quando dissertamos sobre a família adotante.


No que se refere à diferença de comportamento entre crianças adotadas quando recémnascidas e adotadas quando maiores de dois anos, Ebrahim (2000) afirma não existir uma relação direta entre problemas de comportamento e idade da criança na época da adoção. Sustenta que as adoções de crianças maiores são perfeitamente viáveis e sua concretização e manutenção dependem, entre outros aspectos, da história da criança, do fato dela desejar ou não a adoção e das ações dos pais adotivos e dos que os cercam. Corroborando este pensamento, Diniz (1994) afirma que, apesar dos primeiros meses de vida serem os mais indicados para a formação de uma relação parental substituta, isto não exclui a possibilidade da adoção de crianças maiores. A concretização da adoção dependerá da vivência da criança e dos motivos que a impossibilitaram de permanecer na sua família biológica, bem como da flexibilidade e capacidade de dedicação dos pais adotivos. Segundo o autor, o fato de a criança ter mais idade não é um elemento inviabilizador da adoção.


Levy (1999) argumenta que, por já ter vivido experiência de abandono da qual muitas vezes se lembra, a criança maior será mais ativa no processo, podendo adotar ou não os pais adotivos como pais. Andrei (2001) também ressalta que quanto mais tardia a adoção, mais vivas serão as lembranças do passado e mais enraizadas na sua memória as ilusões, os sonhos, os desejos e as frustrações dos anos de abandono. Esta autora ainda afirma que as pessoas imaginam a adoção em termos ideais. De um lado, a criança adotada extremamente grata e com o coração transbordante de amor; do outro lado, a família sentindo-se plenamente realizada e recompensada através do seu novo membro. Às vezes, é exatamente essa a situação que ocorre. Outras vezes, o fardo do passado influenciando o comportamento da criança e a surpresa da família diante de manifestações decepcionantes tornam a adoção mais parecida com um desafio.


Ainda nesta discussão, Ferreira (1994) diz que muitas vezes, é exigida da criança recémintegrada uma conduta mais correta do que a de qualquer outra criança, como se o fato de ter ganho uma família significasse a retribuição de uma automática docilidade, educação e bom comportamento. Os pais adotivos esperam atitudes adequadas e resultados imediatos, submetendo a criança a exigências exageradas, que, não podendo ser correspondidas, acabam por produzir um total desajuste em sua conduta.


Sem dúvida, como foi mencionado, a adoção de crianças maiores requer cuidados especiais, porque a criança já traz a marca do abandono inicial e do tempo que permaneceu em acolhimento institucional. Contudo, isto não quer dizer que não sejam possíveis a superação e a adoção mútua entre as crianças e os pais adotivos. Para Vargas (1998), na adoção de crianças maiores, as chances de sucesso ou fracasso das relações que se estabelecem no meio social dependem da capacidade de suporte, trocas afetivas, confiança e companheirismo entre os protagonistas. A procura por uma orientação ou um processo psicoterapêutico pode ser valiosa, auxiliando a família a encontrar um eixo comum que proporcione desenvolvimento.


Assim, é preciso desmistificar a associação errônea entre adoção e fracasso, mito de laços sanguíneos, herança genética entre outras distorções. Na verdade, a adoção não é um processo artificial, falso ou ilegítimo; pelo contrário, envolve relações humanas de afeto e amor que florescem a partir da reciprocidade entre o adotado e a família adotante. Neste sentido, Santos (1997, p. 164) afirma que “[...] faz-se necessário, iniciar um trabalho voltado para a mudança de mentalidade no que se refere à adoção de modo a possibilitar uma superação de pelo menos parte dos equívocos e preconceitos que envolvem este processo”.


PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERA
Programa de Pós-graduação em Psicologia
"ADOÇÃO DE CRIANÇAS MAIORES:
Percepções e Vivências dos Adotados"
Jaqueline Araújo da Silva
Belo Horizonte
2009
Completo em: http://www1.pucminas.br/documentos/dissertacao_jaqueline_araujo.pdf

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Juiz determina retorno de crianças após adoções irregulares na Bahia


Roberto Cappio decidiu que 5 filhos de casal baiano retornem para casa.
Segundo o juiz, processo de adoção ocorreu com muitas irregularidades.

O juiz Luiz Roberto Cappio, de Monte Santo (BA), determinou nesta terça-feira (27) que as cinco crianças baianas que foram entregues para adoção a famílias paulistas voltem a viver com os pais biológicos.

Segundo o juiz, o processo de adoção das crianças ocorreu em meio a diversas irregularidades. O caso foi denunciado no programa Fantástico no mês de outubro.

O juiz Roberto Cappio determinou que as crianças sejam retiradas das famílias adotivas e sejam levadas para um espaço de acolhimento provisório, onde recebam acompanhamento de psicólogos para que possam se readaptar ao convívio com os pais biológicos, que também irão para esse espaço.

A readaptação do convívio deve durar, no mínimo, 15 dias, conforme a determinação. Depois, as crianças retornam para a cidade de Monte Santo, no sertão baiano, de onde foram levadas.

O casal Silvânia e Gerôncio, pais das crianças, contaram que elas foram retiradas de casa em junho de 2011, pela polícia, após ordem do juiz Vítor Manoel Xavier Bizerra, que na época atuava em Monte Santo. Dos cinco filhos do casal, dois mais velhos foram levados para Campinas. Os outros foram para Indaiatuba, cidade vizinha.

Incêndio
A casa em que dormia o pai das cinco crianças adotadas ilegalmente na cidade de Monte Santo foi incendiada na quarta-feira (21). A polícia investiga se a causa das chamas foi criminosa.

“Segundo informações, foi na casa de um primo do pai, em que ele pernoitava na maioria dos dias da semana. Precisa [a polícia] saber se o incêndio foi criminoso ou não. Pode ter havido represália em razão das instituições públicas estarem prestando apoio a ele e a família dele, e isso vai de encontro a muitos interesses contrários locais. Mas, também pode não ser nada. Pode ter sido um acidente", explicou o magistrado Roberto Cappio.

De acordo com o delegado de Monte Santo, Elysio Ramos, que apura o caso, ninguém estava na casa no momento do incêndio.

Revogação da guarda
O Ministério Público do Estado da Bahia protocolou, na segunda-feira (19), um requerimento solicitando a revogação das guardas provisórias das cinco crianças adotadas ilegalmente. De acordo com o documento, que foi direcionado ao juiz pelo promotor de Justiça Luciano Taques Ghignone, a solicitação é que seja promovida a aproximação prévia das crianças com a mãe biológica em um ambiente apropriado na cidade de Poá, interior de São Paulo. O local escolhido é uma sugestão da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Pensado conjuntamente pelo Ministério Público e pelo Juíz de Direito, foi entendido que o retorno imediato sem acompanhamento das crianças não é recomendável para não afetar o estado psicológico das crianças. Elas deverão passar por um estágio de readaptação com a mãe, sob supervisão de profissionais da área da infância e juventude, de modo a evitar qualquer impacto psicológico.

CPI do Tráfico de Pessoas
O juiz Vitor Bizerra, suspeito de entregar para a adoção cinco filhos de um casal de Monte Santo, disse na CPI do tráfico de pessoas que sua decisão foi baseada em relatórios do Conselho Tutelar e do Ministério Público.

“Conselho Tutelar encampou uma coisa que já partiu dos vizinhos. A comunidade monte-santense já sabia disso. Seu Gerôncio é alcoólatra e a genitora também fazia uso de bebidas alcoólicas. Segundo ouvi dizer, também se prostituía, fazendo ponto na boate”, afirmou Bizerra aos parlamentares, em Brasília. O Conselho Tutelar declarou que nunca indicou ou sugeriu a entrega dos filhos de Silvânia e Gerôncio para adoção. Moradores de Monte Santo contaram que as crianças eram bem tratadas e negaram as acusações de prostituição à mãe.

Na CPI, Bizerra afirmou ao deputado Severino Ninho (PSB/PE) que nunca se opôs a dar entrevistas sobre o assunto. “Eu estou resolvendo algumas coisas, não estou disponível pra conversar agora”. Na CPI, o juiz afirmou que estaria sendo injustamente acusado. “Por que a figura que é exposta é a do juiz? Por que a do juiz e não a outra pessoa que é colocada como investigada?”, perguntou Bizerra aos deputados responsáveis pelo inquérito.

“Eu não tenho dúvida de que há uma organização criminosa por trás disso. Já pedimos inclusive a prisão preventiva coercitiva dessa Carmen ao juiz”, declarou o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA).

A “outra pessoa” é Carmen Topschall, que aparece como intermediária em todos os processos suspeitos de adoção na região de Monte Santo. Ela foi ouvida na CPI no dia 13 de novembro. Ela chegou à CPI acompanhada de dois advogados e com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal e, por isso, se recusou a responder a maioria das perguntas.



Fonte:http://anjoseguerreiros.blogspot.com.br/

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Passo a Passo Para Adoção

Para saber o Passo a passo da adoção acesse este link.
http://www5.tjba.jus.br/infanciaejuventude/images/noticia/1vara/cartilha_passo_a_passo_da_adocao.pdf

Pontes de Amor se reúne com Instituições de Acolhimento


Ontem, dia 14 de novembro tivemos uma excelente reunião com os representantes das Instituições de Acolhimento. A reunião foi agendada pela Vera Tavares a pedido da Dra. Édila, juíza da Vara da Infãncia e da Juventude de Uberlândia para que as entidades conhecessem o Pontes de Amor e para tornar pública a parceria oficial do Pontes de Amor com a Vara da Infância.  Vera comunicou que temos autorização da Vara para interagirmos com as instituições de acolhimento, visitá-los e desenvolver projetos em parceria com eles. Também anunciamos que o próximo curso para pais em processo de habilitação para adoção exigido por lei será ministrado em parceria pelas técnicas da Vara da Infância e o Pontes de Amor.  A reunião foi um momento de compartilhar, de fortalecer a rede, traçar novos passos, firmar novas parcerias.  Foi muito bom mesmo! A Vera Tavares e a Paula estavam presentes representando a Vara da Infância e da Juventude.  A Vera abriu  a reunião fazendo boas recomendação do Pontes de Amor, dizendo que repetia as palavras da juíza que "o Pontes de Amor nasceu recentemente, mas já nasceu grande".  Isso nos motiva e nos lembra da grande responsabilidade que temos.  Depois assumimos a direção da reunião, apresentamos o Pontes, nossas propostas e ações e abrimos para perguntas e comentários.  Recebemos sugestões, conversamos sobre apadrinhamento afetivo, curso de capacitação para os que trabalham com adoção, acompanhamento terapêutico a pais e filhos em processo de adoção, projeto Irmão Mais Velho e sobre a rede de garantia de direitos da criança e do adolescente.  Depois trocamos endereços, lanchamos, e compartilhamos individualmente.  Foi realmente excelente.  Podemos perceber que as pessoas ficaram muito animadas com o Pontes de Amor, com as notícias e propostas que trouxemos.  Declararam que percebem que o Pontes nasceu em excelente hora e que chegou para trazer refrigério e dinamizar o processo.  Desejaram sucesso e se disponibilizaram a cooperar e interagir.  Agora é arregaçar as mangas e continuar trabalhando cada vez mais.  


quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Silvania emociona o Brasil

31 de outubro de 2012 às 23:39
Notícias
A lavradora Silvânia Mota da Silva, mãe das cinco crianças levadas irregularmente para adoção no município baiano de Monte Santo emociona o Brasil
A lavradora Silvânia Mota da Silva, mãe das cinco crianças levadas irregularmente para adoção no município baiano de Monte Santo, disse nesta terça-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, que só foi informada da perda da guarda dos filhos e da entrega deles a outras famílias quando representantes do Conselho Tutelar tiraram dela as crianças.
A corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) investiga se um juiz do interior baiano cometeu irregularidade ao autorizar que cinco crianças de uma mesma família de lavradores fossem retiradas da guarda dos pais e entregues para adoção a quatro casais de São Paulo. A investigação foi motivada pela suspeita de que uma quadrilha de traficantes de crianças estaria atuando no sertão da Bahia.
O juiz substituto da Vara Criminal do Fórum da Comarca de Monte Santo, Luiz Roberto Cappio Guedes Pereira, informou que anunciará, até o início de dezembro, sua decisão sobre o caso das cinco crianças. De acordo com o juiz, há irregularidades no processo, mas, antes de decidir, é precisos ouvir todas as partes, inclusive as crianças.
Uma advogada do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca-BA), Isabela da Costa Pinto Oliveira, acompanhou Silvânia na CPI. A mãe contou aos deputados que andava pelas ruas quando representantes do Conselho Tutelar de Monte Santo a informaram da perda da guarda dos cinco filhos.
“Eu estava na rua e chegaram umas pessoas com um papel, dizendo que eu estava perdendo a guarda dos cinco meninos. Eles me pararam na rua e mandaram descer para o fórum. Aí, um casal chegou com uma carta e com a minha filha nos braços. Eu e meu pai ficamos do lado de fora da sala do fórum, acompanhados por um policial, para não entrar”, disse a lavradora, chorando.
“Saí e, quando cheguei em casa, minha filha não estava mais. Comecei a chorar. Depois procurei a delegacia para fazer um atestado de pobreza. Fui ao Conselho Tutelar e ninguém me informava nada. Fui, falei com a promotora e ela disse que eu precisava de um advogado para ter informação sobre meus filhos”, acrescentou Silvânia.
O filho mais velho, que na época tinha 7 anos, chegou a fugir da casa do pai para não ser levado por representantes do Estado, lembrou a lavradora. “No dia 1º de junho de 2010, eu estava em casa e, quando abri a porta, chegaram carros do Conselho Tutelar. Eles entraram na minha casa e informaram que iam buscar meus filhos porque o juiz tinha autorizado a guarda provisória. Foram à casa do pai deles. Meu filho fugiu e chegou em casa correndo, pedindo para que eu escondesse ele.”
Para a advogada, a rede de proteção da criança e do adolescente de Monte Santo cometeu falhas em série: apesar de tudo indicar que o processo de adoção tinha ocorrido de maneira ilegal, a denúncia do Cedeca não foi acatada pelo Ministério Público nem pela Justiça da Bahia. “O mínimo que o Estado brasileiro tem de fazer é providenciar o retorno dessas crianças”, disse Isabela.
Ela ressaltou também que é preciso pressionar para que as cinco crianças voltem para a família, de forma saudável. Na opinião de Isabela, se não fosse a articulação dos movimentos sociais com a Rede Globo, que fez reportagem apresentando a denúncia, o caso não estaria sendo tratado. “Sabemos que, no Estatuto da Criança e do Adolescente, existe o princípio do melhor interesse da criança, mas este princípio não permite que o Estado ignore a cidadania dos pais. A cidadania destes pais foi espezinhada”, concluiu a advogada.
Agência Brasil

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pontes de Amor realizou palestra nesta última quinta-feira


Foram levantadas questões a partir de experiências vivenciadas por famílias adotivas e seus filhos

Aconteceu nesta quinta-feira (8), às 19h30, a segunda reunião pública da ONG Pontes de Amor que foi realizada na Rua Tenente Virmondes, 301. O tema da reunião, “Segredos da Adoção”, foi abordado pela psicóloga e palestrante, Karollyne Sousa. Participaram pais por adoção, aqueles que pretendem adotar crianças ou adolescentes e pessoas com interesse pelo assunto. Estes encontros são realizados sempre na segunda quinta-feira de cada mês.

Palestrante
Karollyne Sousa é psicóloga clínica e possui mestrado em psicologia aplicada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Já trabalhou em abrigos de Uberlândia com ênfase no apoio e capacitação dos cuidadores. Há 7 anos,  trabalha, com crianças em situação de acolhimento institucional e, há 5 anos, auxilia  em processos de adoção como ponte de preparação de pais e crianças.

Cerca de 55 pessoas estavam presentes na palestra.  Foi um excelente tempo de reflexão e de compartilhar sobre segredos na adoção, medos, inseguranças.
A reflexão conduzida pela Dra Karollyne trouxe informação clara e promoveu a participação das pessoas.

Claudio Vitorino, 38 anos, filho por adoção e participante do Pontes de Amor, enriqueceu o encontro e nos emocionou com seu depoimento de vida.  Sua mãe e irmãs estavam presentes.

Ao fim, o grupo de forma geral se sentiu mais seguro quanto à adoção.  Algumas pessoas saíram com algumas dúvidas ainda mais retumbantes, o que é bom que aconteça agora e não depois de iniciado já o estágio de convivência com a criança/adolescente.

Ficamos muito felizes por que apesar de só termos realizado duas reuniões, nesta última, um casal já expos o desejo de mudar o perfil da criança desejada (mudando a exigência da idade e da raça - ampliando).  Isso já foi fruto das reflexões produzidas nestas duas reuniões, segundo eles.  Várias outras pessoas já se sentem mais seguras quanto à decisão de adotar.

Nossa próximo encontro será no dia 13 de dezembro às 19 :30 em local a ser definido.  
A palestra será com o Dr. Jadir Cerqueira, promotor da Vara da Infância e da Juventude de Uberlândia, professor de direito e escritor de vários livros.  Atualmente está terminando sua obra literária sobre Adoção e Acolhimento Institucional. 
O tema da palestra será "Caminhos Jurídicos na Adoção: Direitos, Deveres e Processo".

Vídeo do Pontes de Amor

Assista ao vídeo do Pontes de Amor
Cliente: Pontes de Amor
Agência: Grafiti Comunicação
Diretor de Criação: Cristiano Ribeiro
Diretor de Cena/Fotografia: Thiago Moreira
Diretor Executivo: Alfredo Valtier
Direção de arte: Ethel Caires
Produção de Set: Alex Vieira
Audio: Batuki